sábado, 25 de setembro de 2010

Base para a retomada

Buenas, papada
Mesmo após o trágico desfecho de 2010, com o ano acabando em setembro e ainda por cima rebaixado, o Juventude não se acomodou. A diretoria praticamente confirmou a nova comissão técnica, com mudanças na preparação física e de treinador de goleiros. Também já encaminhou a montagem do grupo para 2011, indicando os jogadores com os quais conta para o ano seguinte e buscando a renovação de contrato. Acabei de ter contato, no site do clube, com outra informação interessante: parceria no licenciamento da marca. Baita jogada. Taí uma boa fonte de receita dos clubes, e que históricamente não é bem aproveitada pelo Ju. Golaço do Marketing.
Mas o que me chamou mais a atenção foi uma frase do presidente Scola, a qual reproduzo abaixo:

— O Juventude é um clube formador. Talvez tenhamos que trocar o modelo, não as pessoas. Mas categoria de base tem que dar receita, não títulos.

Nos últimos 2 anos, as categorias de base deram diversos títulos ao clube, como os estaduais Sub-14 e Sub-20, além de campanhas inéditas nos dois maiores campeonatos de base do Brasil, onde alcançamos a semi-final em ambos. Isso dá exposição nacional ao clube, transformando-o em referência na formação de atletas. E gerou, também, receita. Zezinho, negociado com investidores, é apenas o maior exemplo. Outros jogadores foram levados ao futebol europeu, gerando cifras para os cofres alviverdes. O problema é que comparado ao investimento feito, a geração de receita ainda é fraca.


site do Ju

Portanto, concordo com o presidente Scola. Uma mudança na filosofia se faz necessária. Eu sou daqueles que pensa que na base deveria sempre se jogar no 4-4-2. Como vamos gerar bons laterais, volantes que saibam sair jogando e meia-atacantes comprometidos com o futebol moderno, onde marcar no campo adversário e saber o que fazer com a bola com rapidez não são requisitos, são imposições? Isso sem falar nos atacantes...
O nome já diz tudo: Categorias de Base! É nela que os jogadores devem ser forjados na sua plenitude. Tudo bem, eu sei que não vai ser "cada machadada uma minhoca", continuará sendo uma aposta em cima de revelar poucos talentos, mas esse poucos devem trazer recursos que transformem a base em superavitária. O circulo virtuoso tem que se retro-alimentar, oras. E pelo jeito, as coisas se ajeitarão nesse sentido. Nos resta aguardar se o discurso se tornará realidade.
Abraço.

8 comentários:

Abimael disse...

mas tá estranho o discurso do Scola. Não seria mais fácil ter receita de categorias de base que ganham títulos (como tem sido atualmente)?

qual a fórmula para para tirar receita de piazada que não ganha títulos?

Anônimo disse...

É... temos que incentivar as bases, mesmo. Afinal estamos na base da hierarquia do futebol. Não existe nada abaixo da QUARTA DIVISÃO, não é mesmo. Quem sabe, então, não seria interessante uma parceria com o Tabajara Futebol Clube. Aquele pessoal tem uns recursos humanos interessantes que poderiam nos ajudar. A vaca que joga no time deles poderia, por exemplo nos ajudar com o corte da grama do Jaconi, reduzindo custos. Que vocês acham?

Tiago disse...

Claro, Anônimo! Tua mãe pode arrumar emprego no Juventude, sim. Talvez não cortando grama, mas acho que consegue outra posição que ela desempenhe melhor.

Forte abraço!

Igor disse...

Prezado Anônimo

Continue dando ibope ao blog.
Tiago, me permita discordar de ti, acho que poderíamos deixar a grama pra mãe dele sim. Talvez ele tenha alguma irmã pra ajudar. O pai é certo que trabalha na metalurgica do GUGU então ta fora.

Adilio Zaffari disse...

Boa Igor!
Concordo contigo!
Bhá as duas iriam deixar a grama bem cortada! rsrsrs

Gui disse...

Este assunto já gerou longas discussões pelas mesas do Funilaria, acho que foi o Pablo que levantou uma questão que responde a pergunta do Abimael: O Juventude esteve muito tempo preocupado em ganhar títulos nas bases mas formar atletas mesmo ficou em segundo plano. É, parece contraditório, mas pense que jogar um torneio mata-mata pode-se sair campeão com 8 ou 9 jogadores "marcadores" em seu campo. Foi assim na copinha, foi assim na BH. Resumindo, formamos jogadores bons em desfazer jogadas, quando deveria ser o contrário. Não que seja ruim formar jogadores bons desarmadores, mas quem é mais valorizado numa negociação, o zagueirão que tira todas, ou o armador que algumas vezes coloca o companheiro na cara do gol?
Espero que mude a visão das categorias de base do Ju, é o único caminho.

Anônimo disse...

Pessoal, acho que devíamos mandar um olheiro pra ver os guris do Íbis Sport Club. Temos que nos adequar aos novos tempos, não é mesmo? Alias, deveríamos seguir a direção apontada pelo Íbis e faturar, em termos de marketing, em cima desse troço de ser ruim pra caramba. Quem sabe alguma coisa tipo: "Juventude, o Íbis do sul" ou "Ìbis, chegaremos lá".

Abimael disse...

Gui, por este foco tens razão. Na verdade, o ideal seria formar bons jogadores e, também, ganhar títulos. Mas, ultimamente, o que é ideal tá distante...