quarta-feira, 31 de março de 2010

Coluna Meu Jogo Inesquecível

Seguindo a idéia que já foi lançada na lista de discussões dos Papos da Capital há algumas semanas, está sendo lançado oficialmente hoje a coluna do blog entitulada:

Meu Jogo Inesquecível

- Como funciona?
Qualquer pessoa é livre para enviar um relato de um jogo que considera inesquecível para o e-mail paposdacapital@gmail.com .

- Qualquer jogo?
Normalmente sim. Mas serão considerados prioritários os relatos de jogos contra o próximo adversário do Juventude.

- Quando vai ao ar?
Em caso de jogo contra o próximo adversário, o mais rápido possível.
Contra outros adversários, em dias que o blog estiver "parado" (sem assunto atual e relevante).

- E se eu escolher o mesmo jogo que outra pessoa?
Os dois ou mais relatos serão publicados juntos.

- Os blogueiros vão modificar alguma coisa?
É possível. Correções de português serão corrigidas sempre que possível.
Em caso de dois ou mais relatos, é possível também que sejam selecionadas as melhores partes de cada um.
Além disso, os blogueiros inserirão informações extras quando possível: escalações, públicos, vídeos, etc.

- Alguém de fora do consulado pode mandar texto?
Pode. Mas os Papos da Capital terão prioridade na escolha.

- Eu mandei um texto e não foi publicado. Por que?
Possivelmente escolheste um jogo que já tinha sido suficientemente relatado por outra pessoa.
Ou ainda estamos no aguardo de uma data propícia para publicação.



Portanto, comecem a escrever papada!
Espero hoje a noite já estar publicando o primeiro texto dessa coluna.
Lembrem-se: prioridade para jogos JU x grêmio essa semana!

terça-feira, 30 de março de 2010

Mais uma perda...

Não! Você, leitor, não leu errado! Eu realmente escrevi perda no título. E não, não estou confundindo derrota com perda. Obviamente o título não se refere a mais uma vexatória atuação do Juventude neste Gauchão 2010.

Apesar do Loss não ter escolhido como titular aquele time "ofensivo" que vinha treinando, escolheu bem os nomes. Talvez sejam questionáveis as maturidades de Bressan e Hiago para serem já titulares do Juventude. Mas o fato é que seus reservas, mais experientes, não conseguem demonstrar futebol em melhor qualidade que eles. Questiono sim o futebol do Gustavo, que já atuou bastante na temporada passada e não consegue "engrenar nesse ano". De resto é chover no molhado...

A colacação de Umberto e Lauro na frente da zaga, mais que pela experiência e capacidade de fechar os espaços, trazem uma característica importantíssima para o time: eles falam! Quem foi a Bento Gonçalves ou Novo Hamburgo assistiu um Juventude totalmente mudo. Ninguém se ajudava em campo. A volta dos "velhinhos" fez que pelo menos a movimentação se ajustasse defensivamente. Mesmo durante a pressão (a que ponto chegamos) do Avenida, o time já não era mais aquele bolo de jogadores correndo para todos os lados.

Não tenho dúvidas que se Luis Felipe não fizesse aquela idiotice, teríamos trazido no mínimo mais um ponto na bagagem. Não que fossemos até então superiores, mas tinhamos um bom controle da situação. Marcos Denner até que tentou ontem se movimentar um pouco mais, mas parece que seu "faro de artilheiro" já não vai mais voltar. Roberson também se movimenta, mas toda sua habilidade com a bola no pé se contradiz nas dificuldades em marcar e finalizar.

Vou confessar que não entendi a entrada de Bruno. Ele não era ala e nem meia. Mas eu sei o quanto é dificil organizar um time com apenas 10 homens...

Bom, mas depois de falar tanto da derrota, tenho que voltar a falar da perda. O título é apenas uma singela homenagem que este blogueiro faz para o grande Mestre Armando Nogueira, que ontem, infelizmente, nos deixou. Mestre das palavras, transformava suas opiniões em textos mágicos, de uma maneira delicada e elegante como provavelmente nunca mais ninguém fará. Não vou ser falso em dizer que aprendi sobre futebol ou qualquer outro esporte com ele. Eu muito aprendi foi a enxergar os esportes de uma maneira mais minuciosa, mais brilhante, mais poética...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Avenida x Juventude

O que esperar do jogo de hoje às 20h30, em Santa Cruz do Sul? A diretoria falou, durante toda a semana, que o foco era escapar do rebaixamento para começar a pensar, o mais rápido possível, no Brasileiro. Porém, pelas palavras dos jogadores, tudo leva a crer que os discursos internos são um pouco diferentes, tendo em vista as possibilidades de classificação no certame regional.
Acho que o momento é de consciência. Mesmo classificando, qualquer que seja o adversário, seremos a zebra do mata-mata. Temos que jogar de cabeça erguida, mas conscientes de que temos duas pedreiras (Avenida fora e Grêmio em casa), portanto, sem perder a humildade.
Pelos treinos, declarações e tudo o mais, teremos um time ofensivo em Santa Cruz. Alguns apontam a seguinte escalação: Carlão; Luiz Felipe, Bressan, Jorge Fellipe e Calisto; Umberto, Gustavo, Roberson e Hiago; Marcos Denner e Luan.
Se esta escalação se confirmar, o garoto Gustavo jogará, pela primeira vez no ano, em sua função de origem, o que é, no mínimo, fato a se comemorar. A zaga, na minha opinião, apesar de longe de ser uma zaga confiável para a série C, é disparado o melhor que temos em casa hoje (apesar, também, do garoto Victor não ter comprometido). Umberto é líder e não pode ficar de fora e Roberson, enquanto jogar o que jogou contra o Porto Alegre, é titular absoluto.
Aposto em Laurinho no segundo tempo, e quem não aposta?

Outro boato dá conta de que Marcos Denner está deixando o Jaconi ao término do gauchão. Já se falou em muita coisa (salário alto para o padrão atual, má relação entre Denner e o Juventude, interesse do Criciúma, etc), e onde há fumaça, há fogo...

Paciência com o time hoje. Apoio no domingo. E vamos pro mata-mata.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Quem não conhecia, conheceu...

É, Papada, quem não conhecia o Porto Alegre, infelizmente conheceu de uma maneira indigesta. O time comandado pelos irmãos Assis e Ronaldinho subiu a Serra e, encontrando um Juventude que atuou de forma ridícula, arrancou um ponto.
Como eu tinha falado para alguns, se a meta é fugir do rebaixamento, um empate seria um bom resultado. Mais por frearmos o Porto Alegre do que pelo 1 ponto que levamos. Agora, convenhamos: apenas uma vitória em 6 ou 7 jogos em casa no ano é vergonhoso.
Vamos ao jogo: o Juventude não entrou em campo no primeiro tempo, e apenas alguns jogadores se salvaram. Carlão me pareceu seguro (apesar de pouco exigido). Roberson foi uma grata surpresa, o melhor em campo entre os que estavam vestindo verde. Luiz Felipe jogou o feijão com arroz, o que o credenciou a continuar sendo o titular. Calisto esteve longe de jogar mal. A bola, como sempre, não chegou no Denner. O resto não entrou em campo. Incluo aí as eternas promessas Tiago Renz e Gustavo. Tá começando a dar MUITA saudade do Lauro. Umberto foi discreto.
Levamos um gol em uma arrancada do veterano Adão, que deixou nosso zagueiro na saudade e cruzou na cabeça de Hyantony, que só cumprimentou Carlão. Intervalo, e 0x1 no placar.
No segundo tempo, o Porto Alegre perdeu a chance de liquidar o jogo em mais uma arrancada de Adão, que acabou batendo mal e Carlão salvou. Roberson jogou muita bola no segundo tempo, e realmente só faltou o gol. Quando a derrota parecia definitiva, o contestado e vaiado Fred fez um golaço de falta. Confesso que prestei bastante atenção no Fred durante o jogo todo, até por ele ter entregado muitos jogos no ano. Me desculpe quem viu outro jogo, mas para mim, ele não serve como zagueiro. Na bola alta ou ele se esconde (na maioria das vezes) ou perde a cabeçada. Ou ainda corta para a entrada da área. Na bola baixa, teve bastante dificuldade, e protagonizou mais duas roscas. Os que foram bem no primeiro tempo, continuaram bem (Luiz Felipe, Roberson, Carlão, etc). Os demais afundaram, e preocuparam ainda mais a Papada.
No fim, Denner perdeu um gol que salvaria a noite, em um rebote do goleiro do Porto Alegre. Apesar da horrenda atuação, ainda poderíamos ter ganhado o jogo, o que seria extremamente injusto.
Osmar Loss mexeu coerentemente, mas com demora. Lauro mudou o jogo, melhorando muito nosso meio-campo.
Olha, se o Esportivo não vencer o Grêmio no Olímpico, estamos garantidos. Fontes quentes garantem que a lista de dispensas já está começando a ser armada.
Dizem que o verde é a cor da esperança.
Dizem também que ela é a última que morre.
Segunda, é o Avenida, em Santa Cruz. Tragamos ponto(s) de lá, e, principalmente, mantenhamos a dignidade nos dois jogos que restam.

Dá-lhe, Papo!

terça-feira, 23 de março de 2010

Porto Alegre? Conhece?

Como a maioria já deve saber, amanhã às 19h30 no Alfredo Jaconi temos o primeiro confronto utilizando o time A contra o Porto Alegre Futebol Clube. Mais conhecido como time do Ronaldinho Gaúcho, está pela primeira vez na 1ª divisão do Gauchão e só enfrentou até hoje o Juventude B por essas "copinhas" de 2º semestre.

Vou confessar que não assisti nenhuma partida do dito cujo ainda. O motivo é óbvio: apresentam um futebol digno da posição que ocupam na tabela. Até tentei por alguns minutos contra o Inter B no 1º turno, mas fui vencido por alguma programação televisiva melhor.

O fato é que o Porto Alegre já está no 3º treinador (ou será 4º?). Então, mesmo que eu tivessse assistido alguma partida antes, dificilmente aquela me serviria como alguma referência para a partida de amanhã. Resolvi então pesquisar como o atual treinador (Luis Zaluar) escala o time. Foram duas partidas sob seu comando:

Porto Alegre 5 x 2 Ypiranga - 14/03
1- Fábio, 2- Jackson (Naidion), 3- André Ribeiro , 4- Alex Moraes e 5- Mineiro , 6 - Everton Garroni, 7 - Caio, 8- Dê (Fabinho) e 11 - Thiago Correa (Julinho), 9 - Givaldo e 10- Hyantony.
Gols: Hyantony (3), Thiago Correa, Alex Moraes.

Porto Alegre 1 x 2 Esportivo - 20/03
1- Fábio, 2- Jackson (Adão), 3- André Ribeiro , 4- Alex Moraes e 5- Mineiro , 6 - Everton Garroni, 7 - Caio (Fabinho), 8- Dê (Naidion) e 11 - Thiago Correa (Julinho), 9 - Givaldo e 10- Hyantony.
Gol: Adão

Essas informações foram tiradas do próprio site do clube, já que nenhum setor da imprensa tem tido muito interesse em acompanhá-los. Aí também pude descobrir que Zaluar já testou a equipe tanto no 3-5-2 quanto no 4-4-2. Isso provavelmente pela "polivalência" do velho-conhecido-nosso Mineiro.

Meu palpite é que o time atua no 4-4-2, tendo Mineiro como lateral e não zagueiro, já que o site informa que Everton Garroni é volante. Além do Mineiro, temos na zaga o também bastante conhecido Alex Moraes e, entrando sempre no 2º tempo, o nosso franzino lateral-direiro Naidion. Hyantoni e Adão também dispensam apresentações, por suas passagens pela região do Cemitério Municipal de Caxias do Sul.

Que tal então se o Juventude se aproveitasse dos velhos-conhecidos, os marcassem devidamente e jogasse em cima de suas falhas? No caJU, por exemplo, fizemos exatamente isso em cima do Marcelo Costa. Mas já contra o Noia, tivemos que ver Edmar e Papa jogando leves e soltos.

Vamos detalhar um pouquinho mais:

- Alex Moraes: é bastante alto e não tem problemas em se impor fisicamente. Não vai adiantar o Marcos Denner ficar na marca do penalti esperando chuveirinho como sempre. Tem que se movimentar às costas da zaga e também vir buscar bola na intermediária!

- Mineiro: vai pro ataque parecendo uma garça no cio, mas quando volta não sabe se aproveitar do tamanho para marcar. Que tal colocar o Bruno aberto para jogar em cima dele? Aposto que o Mineiro faz um penalti antes do intervalo.

- Adão e Hiantoni: possuem a habilidade de rinocerontes jogando curling. Basta que nossos zagueiros façam uma boa marcação próximo à nossa área e os obriguem a buscar jogo. O resto a natureza faz...

Para finalizar, o site do Esporte Clube Juventude informa que o volante Umberto estará a disposição para a partida. Tomara que este seja o motivo que faltava para o Fred sair do time.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Voltando à prancheta...

No inicio do ano eu estava lado-a-lado com a maioria da torcida juventudista: não adiantava recriminar o trabalho do Osmar Loss, considerando a precariedade do material humano e o pouco tempo de trabalho que lhe eram oferecidos.

Mas ultimamente tenho mudado de opinião. Ele tem tido praticamente uma semana de trabalho entre uma partida e outra e, mesmo assim, o time entra em campo totalmente perdido. Conforme temos destacado por aqui (tanto eu, quanto o Fabio Berti ou o Viccari), há um clarão no meio de campo alviverde: os laterais e os volantes se posicionam sempre muito atrás e o nosso articulador muito a frente.

Eu nem vou questionar a utilização ou não de 3 zagueiros. O fato é que, feita esta escolha, o time tem que se posicionar ocupando a maior parte do campo possível. Se o esquema é chamado 3-5-2, é porque os laterais passam a ocupar o meio-campo, e não mais a defesa. Dois exemplos de como isso não tem acontecido no Juventude:

1) Partida contra o Esportivo, lance do gol do Tiririca: o lateral Bruno (indicado pela seta), é quem está fazendo a cobertura da zaga.



2) Partida contra o Novo Hamburgo, gol do Papa: o lateral Luis Felipe é quem dá condição para o centroavante adversário dominar às costas da zaga.



Notem que nos 2 lances Bruno e Luis Felipe estão posicionados como laterais, e não como alas. Se temos 3 zagueiros, qual o porquê disso? Além disso, notem na imagem contra o Esportivo a quantidade de jogadores de branco aparecendo nesse diminuto espaço. Tanto os alas quanto os volantes estão juntos aos zagueiros. O Juventude põe em prática um esquema que só se usa no Brasil em casos de retranca extrema: um 5-3-2.

Para ilustrar como é o real posicionamento de equipes jogando no 3-5-2, uso como exemplo dois times que utilizam hoje este esquema no Brasil:

1) O Inter de Fossati. Esta imagem abaixo foi obtida no blog Preleção. Créditos ao blogueiro Eduardo Cecconi, que a digitalizou das cabines de imprensa do Beira-Rio. Notem como os volantes e alas atuam praticamente em linha. Além disso, o posicionamento adiantado do time em geral.



2) O Botafogo de Joel Santana. Destaco 2 lances do clássico de ontem contra o Flamengo. Notem que os alas não estão posicionados nem próximos aos zagueiros, mal aparecendo na tela. Caso o time adversário ataque com 3 atacantes, um dos volantes recua. Desta forma, mantém-se a sobra de marcação e as laterais servem como "válvula de escape".





Para finalizar, vamos falar de quando o time atua com apenas 2 zagueiros. Luis Felipe sobe pelo lado direito e Calisto fica posicionado em linha com a zaga, ou vice-versa. Se Tiago Renz se oferece, por algum milagre, para o jogo, Gustavo se posiciona à frente dos zagueiros, ou vice-versa. São medidas defensivas exageradas! Se o time sai de trás com maior facilidade, isso obriga também o time adversário a voltar e a defesa é por consequencia menos exigida.

Vou ilustrar isso com duas imagens do jogo de ontem do Corinthians contra o Grêmio Prudente (ex-Barueri).

1) Notem nesta imagem como os 2 laterais estão posicionados alguns metros à frente dos zagueiros. Como o atacante está indo em direção ao lado esquerdo da zaga, Roberto Carlos já vai recuando para manter a sobra. Caso o atacante abrisse para direita, Moacir faria o mesmo.



2) Agora um caso em que o Prudente atacou com mais jogadores. Formou-se a tão famosa linha de 4 na defesa. Mas notem como apenas um volante aparece na tela: ele recuará caso necessário, mas ainda há espaço entre defesa e meio, ocupando a maior fatia de campo possível.



Mano Menezes, Fossati, Joel Santana... será que eles ou o Osmar Loss é que tem razão?

domingo, 21 de março de 2010

Um pouco mais do mesmo...

Texto de Fabio Ramos Berti

A papada é assim, se mobiliza o quanto pode até quando, lá no seu íntimo, sabe que não vai dar. Na atual circunstância, enfrentar o arremedo de “galáticos” do Novo Hamburgo – com direito a Gustavo “Papa”, Michel “Canelite”, Juninho “Refugo do CCC”, Edimar “Não Jogou Nada no Ju” e Cláudio Luiz “Rebaixado em Tudo que é Time” – seria missão quase impossível. E foi essa a bronca de sábado à noite, lá em Nóia. Ao final, placar clássico (3x1), irritação e, e .... resignação.

- Até que não foi tão ruim quanto lá em Bento. – disse um desses torcedores resignados, que caminhava ao meu lado na saída do simpático Estádio do Vale.

Bem, amigos do PDC, é melhor rir para não chorar. Vamos aos breves relatos, que é pra não sofrermos ainda mais remoendo a triste história. Desde o primeiro minuto de jogo, nossa sorte estava definida. O Nóia impondo-se física e tecnicamente, conduzia a bola com facilidade até a entrada da nossa área, onde até o Gustavo conseguia dominar, girar e arriscar a gol. Não foram necessárias mais do que duas, três chances, para o Papa entrar solito e tocar na saída do pobre Carlão. É, gente amada da Caiçara, o Sílvio Luiz pagou a mula roubada mesmo. E o idiota aqui gritando: “encosta no corpo dele(!)”. Acho que ninguém ouviu.

Já satisfeito com o 1x0, o Nóia se postou um pouquinho mais atrás, dando óbvios espaços para o Ju tocar a bola. E o que fizemos? Sim, tocamos a bola, mas só até o bico da área, principalmente pelo lado direito e, adivinhem ... cruzávamos para a área. O mais baixinho dos zagueiros acho que tinha 1,98m. E o negócio ficou assim até o final do primeiro tempo, com o Nóia assustando raras vezes, mas sempre da mesma maneira. Quando resolvemos tocar a bola pelos lados do campo, o apagadíssimo Amoroso carregou pela esquerda, entrou na área e foi atropelado pelo zagueiro (esse é um relato superlativo, pois apenas “acho” que foi pênalti). Ao melhor estilo Mendes, Marcos Denner cobrou com paradinha e empatou o jogo, quase quebrando a espinha do goleiro. Hora da aguinha no vestiário.

Apesar das mesmas fragilidades, o nosso segundo tempo iniciou bem. Apertando a marcação, passamos muito mais tempo com a bola no pé. Sem eficiência, é claro. Quando o Nóia tentava sair com a bola, não conseguia dar três passes, pois sempre os interceptávamos. As entradas do Lauro e do Hiago deram mais qualidade no passe, mas nem assim a bola chegava redonda para a finalização.

Então, lá pela metade do 2º tempo, o Nóia decidiu fazer linha de passe de cabeça na nossa área. Edílson botou o adversário novamente em vantagem. Aí começou um espetáculo de horrores. Entre contra-ataques velozes, faltas na entrada da nossa área e entregadas de bola dos nossos zagueiros, atraímos os caras para o nosso campo. Assim saiu mais um gol do Papa (3x1). Deu ainda para perder duas grandes chances. Num cabeceio do Denner que passou raspando e numa falta muito bem cobrada pelo Tiago Renz que o goleiro tirou no ângulo.

De rescaldo, só que estamos muito mal mesmo. O time é ruim, mas vejo pouco no trabalho desse Osmar Loss. Acredito que tirar o cara pode nem ser a melhor solução, pois fica difícil argumentar tendo um Fred da vida como zagueiro. Mas o posicionamento do Calisto sempre está errado. Os volantes jogam muito atrás, ninguém do Ju pisa do círculo central. Os meias e atacantes jogam colados um no outro. Num jogo como o de ontem a opção jamais pode ser alçar bola na área adversária.

A destacar que o guri Bressan é melhor que qualquer outro zagueiro do grupo. E é piada o Lauro não começar os jogos. Até acho que o tempo dele já passou e sei que o cara não aguenta correr o jogo inteiro, mas a opção de colocar o melhor volante/meia do time no segundo tempo sempre quando estamos perdendo, é cruel e desatinada. É coisa de burro de mesmo.

O longo texto, ao contrário do que prometi lá no início e do que pede um blog, é puro desabafo. Tô com o saco cheio. Mas tudo que escrevi não interessa muito, já que nosso vice de futebol, Juarez Ártico disse ontem que vamos jogar todas as cartas para vencer o Porto Alegre em casa, nos garantir na A do Gauchão e começar o projeto Série B 2011. Rezo para minha agonia durar mesmo só mais um joguinho.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Serviço de jogo - Noia x JU

Texto com contribuição de Leonardo Viccari, Fernando Bassanesi e Guilherme Molin

E. C. Novo Hamburgo X E. C. Juventude
Data: 20/03/2010 - Sábado (amanhã)
Hora: 20h30
Local: Estádio do Vale
Custo: R$20,00 (ingresso)

Locomoção:
Para quem vem de Caxias do Sul, vale lembrar que o clube está oferecendo ônibus grátis para os sócios. Para quem escolher ir de veículo próprio, duas opções:

- via RS-122: no viaduto da Scharlau, onde a RS-122 encontra a BR-116, deve-se dobrar a esquerda. Logo a seguir avista-se o estádio do lado direito da pista. Placas indicam o acesso.



- via BR-116: chegando a Novo Hamburgo, avista-se o estádio do lado esquerdo da pista. O viaduto da Scharlau deve ser utilizado para fazer o retorno. Placas indicam o acesso logo a seguir.



Para quem sai de Porto Alegre, o caminho é bastante simples: só seguir pela BR-116 até pouco depois do viaduto da Scharlau. Estádio do lado direito da pista. Placas indicam o acesso.




Agora as ações dos Papos da Capital:

- Caravana até o jogo: para quem estiver em Porto Alegre, pode se deslocar até Novo Hamburgo de carona com o nosso pessoal. O ponto de encontro preferencial é a Cidade Baixa, mas outros locais podem ser combinados. Quem tiver interesse, deixe e-mail para contato nos comentários.

- Distribuição de panfletos no estádio: a idéia é divulgar o nosso Consulado e ajudar que mais juventudistas possam nos ajudar a apoiar o time.

- Churrasco em frente ao estádio: se o tempo permitir, estaremos na frente do Estádio do Vale com uma churrasqueira portátil e um grande isopor para recepcionar o pessoal que vai chegando. Todo juventudista é bem-vindo!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Correria e Eleição

Texto de Rudimar José Schreiber Júnior

Todos sabemos que não é fácil ser Juventudista morando longe de Caxias. Mas é essa distância que faz aumentar ainda mais nossa paixão.
No meu caso, foi justamente distante que me senti na obrigação de ajudar mais o nosso clube, seja participando de ações do Consulado em POA, seja representando a turma da Capital como Conselheiro no CD do Ju. Mas confesso que, apesar de gratificante, estar à disposição para participar das reuniões é, muitas vezes, complicado...
Imaginem vocês que, mesmo sabendo que a reunião começava as 19:30, o papo véio aqui ainda estava no trabalho, no Shopping Total, no Centro da Capital, às 18 horas. E haja paciência pra aguentar a hora do rush na BR-116. A sorte (e a benção divina) é que já decorei todos os controladores de velocidade de POA até Caxias.
Chegando lá, em reunião já iniciada, me deparo com a proposta orçamentária de 2010 que instantes depois seria aprovada pela assembleia. Os números são interessantes, mas modestos e adequados à nossa nova realidade financeira.

A saber:
Nosso orçamento projetado para 2010 gira na faixa de R$7,5 milhões, com equilíbrio entre receitas e despesas. O futebol profissional consumirá R$4,7 milhões e as categorias de base R$1,5 milhão. Nas receitas, o aporte da renda da sede antiga (que ainda apresenta pagamentos mensais até maio/2011) é disparada a nossa maior fonte de recursos, seguida da receita com mensalidades de sócios, que devem gerar aos cofres do clube o equivalente a R$1,5 milhão. Ressalto a queda de arrecadação com cotas de patrocínio e televisão. Esses números podem ser melhorados caso haja uma receita extraordinária, como a venda de um jogador ou um patrocínio para o resto da temporada.
Partindo disso, muito se falou da venda de Zezinho, e o nosso presidente foi enfático: existe sim uma proposta fechada, mas o clube deve aguardar 6 meses para que seja exercido direito de compra do passe de Zezinho. Então, não é negócio pra agora.
Seguindo a pauta da reunião, o CD colocou em votação 3 temas: extinção ou não da comissão do CFAC, eleição do Conselho Fiscal (chapa única) e escolha da mesa diretora do Conselho Deliberativo. Exercido meu direito a voto, tive que sair antes de revelado o resultado do escrutínio - pois anda teria que pegar a estrada de volta - mas fiquei sabendo, graças ao nobre papo Fabio Berti, que a Chapa 1, encabeçada por nosso ex-presidente Carlito Chies, sagrou-se vitoriosa do pleito. A considerar o momento do clube, acho importante que o CD tenha em sua mesa diretora pessoas alinhadas à executiva e do calibre do Chies e do Francisco Michielin. Espero que, a partir de agora, passado o momento de escolha, todos se juntem para defender o bem maior, que é o E.C. Juventude.
Tenho a certeza que estamos no caminho certo para a retomada do nosso lugar de direito no cenário do futebol brasileiro. E o primeiro degrau será atingido já em 2010, com a reconquista da vaga a série B.
Torça, confie, acredite. O Ju precisa e depende de ti, Papo!

PS. Fico devendo o resultado quanto ao CFAC.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Entrosamento ou time bom?

Texto de Fabio Ramos Berti

Seguindo a tendência deste blog de antecipar fatos, de publicar informações antes dos demais, fonte seguríssima garante que serão dois zagueiros, um meia acima da média e dois atacantes experientes (mesmo que o Denner fique) as aquisições para a Série C. Em razão da complicadíssima situação financeira do clube – precisa comprar produtos e serviços quase sempre à vista –, os reforços só virão mesmo na longa fase que teremos para preparação à Série C.

Em resumo, ou a “regada” que os dirigentes deram ontem surte efeito supreendente sobre o grupo atual, ou nossa sina será nos mantermos no Gauchão A. Como a maioria dos adversários do nosso grupo é ainda pior que nós, talvez arrisquemos uma classificaçãozinha, mas nos moldes do 1º turno.

Certamente não teremos usado o Gauchão para “entrosar” um provável time titular para o Brasileiro. Mas o que vale mais: entrosamento ou time bom?

terça-feira, 16 de março de 2010

Nova Eleição no Ju

Texto de Fabio Ramos Berti

Se aparentemente uma eleição do Conselho Deliberativo do Clube não provoca grandes transformações em nossas vidas, o passado recente nos faz um alerta. É preciso lembrar que todas as ações, tanto as boas quanto a maioria ruim, tiveram aprovação no Conselho. Obviamente, os conselheiros não participam da gestão executiva do Clube e geralmente são chamados apenas na hora do aperto.

Aos fatos: amanhã, a partir das 19h30min, tem eleição para a presidência do Conselho Deliberativo.

Chapa 1: Carlito Chies como candidato a presidente, Ademir Somavilla como vice, Rodrigo Tramontina Segat como primeiro secretário e Francisco Michelin como segundo secretário.

Chapa 2: Agostinho Silvestre é candidato a presidente, Nestor Gregol concorre a vice, Mauren Turra Pizze como primeira secretária e Jorge Cassina para segundo secretário.

Também haverá votação para a eleição do novo conselho fiscal.

Considero um debate importante, pois nós, Papos da Capital, estamos representados no Conselho. E quem tem um Rudimar José Schreiber Júnior como Conselheiro, tá bem na foto!

domingo, 14 de março de 2010

Futebol de Churrasco

Acho que todo mundo já vivenciou um futebol de churrasco. O pessoal da família ou escola ou faculdade ou empresa resolve se juntar para comemorar alguma ocasião qualquer. Depois de enxerem bastante o bucho e/ou a bexiga, resolvem fazer uma peladinha. E aí o "Bola Murcha" do Fantástico faz a festa! Um festival de chutões, passes errados, gols perdidos de frente às traves. E se chover então... muitos carrinhos, escorregões, goleiros de mão mole.

Pois tudo que foi descrito no parágrafo acima aconteceu ontem no clássico Esportivo e Juventude na Montanha. Um jogador alvi-azul dribla todo mundo, entra na área sobre os olhares desatentos dos zagueiros alvi-verdes e cai. O lance só não é digno do "Bola Murcha" porque o nosso goleiro foi capaz de estar ainda mais desatento e tomar o gol de um jogador caído!

Ainda no primeiro tempo o Juventude quase protagonizou dois lances "bola cheia". Calisto em um lindo voleio acertou o travessão. Gustavo driblou três ou quatro e não foi capaz de fazer o gol cara-a-cara com o goleiro. Depois disso o futebol acabou. Esportivo perdeu pelo menos duas chances de "matar o jogo" e o Juventude achou aquele penalti salvador nos acréscimos.

Analisando um pouco de tática... Eu aqui mesmo defendi muito o 3-5-2, mas por duas situações: 1) para que o meio-campo ficasse mais povoado e 2) porque não tinhamos lateral-direito disponível. Detalhando cada uma delas:

1) Os dois volantes não aparecem pro jogo e na hora de marcar estão posicionados muito atrás. O meia Roberson se esconde atrás dos volante e não volta para marcar. Há um clarão enorme no nosso meio! Toda armação depende dos alas e isso é tão óbvio que a marcação por ali tem sido muito forte.

2) Luis Felipe já voltou e entrou bem nas últimas duas partidas. Tem que voltar a ser titular. Mas minha opinião é que Bruno não deve sair. Ou sai Fred e voltamos àquele 4-3-3 que teve boa atuação (no 1º tempo) contra o São Luiz e vinha evoluindo até a lesão do Luis; ou mantem-se os três zagueiros e sai do time o sumido Roberson.

Mais importante que o ponto conquistado, foi o Esportivo ter perdido dois. Parece que mesmo jogando mal, novamente vamos nos classificar... Isso é bom ou ruim?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Furo! Zezinho vendido!

Fontes internas (e quentes) garantem que o craque Zezinho foi vendido para empresários estrangeiros nesta semana. O Juventude teria levado R$4,8 milhões (ou seja, bem abaixo do que se pretendia).

Direitos Trabalhistas?

Texto de Fabio Ramos Berti

A legislação ampara o trabalhador que, após cumprir sua jornada, não for ressarcido conforme contrato de trabalho. Esse é, certamente, o caso do profissional Ivo Wortmann. Eu desconheço aspectos contratuais, eventuais acertos verbais ou qualquer outro detalhe do vínculo empregatício do técnico com o EC Juventude.

Com a divulgação pública da ação reclamatória do ex-funcionário contra o Clube, várias questões vêm à tona:

- O trabalhador está no seu direito?
- O Clube realmente descumpriu o contrato?
- Os dirigentes que o contrataram o supervalorizaram, desconhecendo as dificuldades financeiras do Clube?
- A atual administração tratou a questão da maneira adequada, reconhecendo a existência do problema e tentando solucioná-lo?
- Houve precipitação do ex-funcionário, que poderia ter optado por caminhos menos desgastantes para o Clube?
- O ex-técnico honrou seus compromissos com o Clube?
- Ainda acreditamos em Papai Noel ou, nessa época, no Coelhinho da Páscoa?

Nem estamos falando da rejeição da torcida à quarta passagem do Ivo Wortmann pelo JU, ao rebaixamento, etc.; apenas do fato em si. As dúvidas estão colocadas para os que conhecerem detalhes que desconheço e para os que já têm opinião formada.

Ah, e alguém aí sabe qual é o valor da indenização cobrada?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Futuro ameaçado?

Texto de Fabio Ramos Berti

A ideia de que o investimento no Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC) representaria um futuro brilhante para o EC Juventude foi consensual. Não lembro de ter ouvido uma única voz dissonante. Inclusive, a real dedicação a esse grandioso projeto foi o que respaldou a presença no clube de um dos dirigentes mais fracassados de nossa longa história – realmente não dá para esquecer dos fatídicos 8x1 para o Ínter e do rebaixamento à Série C. Mas a situação da obra parece estar bastante complicada.

Há algumas semanas, o assunto já rondava os bastidores juventudistas. Hoje, veio a público em reportagem do jornal Pioneiro. Alguns pontos são esclarecidos pela atual administração do clube, relacionados principalmente à falta de grana. Sim, grande parte daqueles famosos valores recebidos da empresa Abyara pela venda da antiga sede, foram “torrados” para pagar salários e altos bichos na hora do desespero para gente do naipe de um Lopes, e outros como Juninho, Mendes e cia. Aliás, ainda conseguimos tomar nova reclamatória trabalhista do Ivo Wortmann, o que pode acarretar uma onda de ações. Certamente, quem trabalha com competência, merece ser devidamente remunerado. O que, digamos, não foi exatamente o caso aludido.

O problema maior, entretanto, é o planejamento equivocado. Há algum tempo, lembro que discutimos sobre prováveis erros no projeto do CFAC. Falei dos campos sem drenagem, o que até poderia ser refutado por técnicos. Nem entramos muito no mérito. Agora, sabe-se que a arquibancada dos campos “de cima”, apresenta risco de desabar; que o belíssimo ginásio, onde comemoramos no ano passado nosso aníver e os 10 anos da grande conquista, foi construído sobre área de bacia de captação e poderá até ter uma parte desmanchada; isso tudo entre outras cositas mas.

Uma multa já foi aplicada pela secretaria do Meio Ambiente. Agora, o assunto estaria com o Samae. E não vou entrar nessa de retaliação do presidente do órgão – Marcus Vinicius Caberlon, várias vezes dirigente da SER Caxias. Estão dizendo no clube que é possível solucionar o problema até o final do ano. Não seria um prazo longo demais para quem necessita urgentemente criar e vender jogadores para se manter? E o nosso futuro, como fica?

Apenas deixo mais uma perguntinha: não chegou a hora de todos nós, papos apaixonados, começarmos a separar o joio do trigo, ou seja, quem realmente faz pelo clube dos que o usam apenas como trampolim pessoal?

terça-feira, 9 de março de 2010

Empate com sabor amargo

A partida JU x Ypiranga foi o primeiro do Gauchão que nenhum papo da capital conseguiu estar presente no estádio. E, já entrando no clima de como será a Serie C, sofríamos acompanhando a partida pelas narrações do ca-JU na Rede, o Caxiense e, obviamente, rádio Caxias.

Só depois dos 20 min. do 2º tempo é que consegui acompanhar também pelo justin.tv. Mas, durante todo jogo, cada lance gerava um comentário no MSN. O assunto principal eram as burradas do incompetente Vuaden e como o Juventude pressionava. Analisemos então cada uma delas:

- Arbitragem: segundo todos os relatos, agora incluindo alguns amigos presentes ao estádio além das narrações já citadas, o árbitro prejudicou muito o alviverde. Não deu um penalti, anulou um gol legítimo e foi conivente com a cera dos amarelinhos. No 2º tempo acertou ao expulsar um adversário e, claramente, admitiu que havia prejudicado o Juventude quando não expulsou o Gustavo após tesoura desleal por trás.

O outro blogueiro Papo da Capital Viccari lembra que o mesmo Vuaden já havia nos prejudicado no caJU. Poderiam ser duas vitórias, mais quatro pontos, que nos colocariam numa posição mais confortável da tabela.

- Futebol: o gol do Ypiranga na única chance que teve demonstra o quanto superior foi o Juventude. Durante pelo menos 80% do 2º tempo os zagueiros alviverdes jogaram no círculo central. Depois que Luis Felipe entrou e ajudou Bruno pelo lado direito, a pressão foi praticamente incessante.

O mais justo seria que o Juventude saísse de campo com a vitória. Mas como o futebol tem essa gigantesca tendência de não ligar para a justiça, ficou este sabor amargo do empate em casa.

sexta-feira, 5 de março de 2010

O orgulho que nos move

Texto de Fabio Berti

Fazia tempo que não me emocionava com algo tão singelo. Ultimamente, as grandes tragédias que têm ocorrido mundo afora sempre estão próximas da gente de alguma maneira, por termos algum conhecido morando por lá ou porque já visitamos alguns desses lugares. A comoção é inevitável. Mas o que vivi nessa última quinta-feira (04/03) foi muito especial.

Estive a trabalho em Caxias durante toda a tarde e noite de quarta, obviamente envolvido com a Festa da Uva. Depois de uma visita protocolar ao Spa (vilhão), acompanhei a comitiva da Assembleia Legislativa ao desfile na Sinimbu. Chegando à tribuna das “otoridade”, fui informado pelo amigo e histórico juventudista Gilson Tonet sobre nossa goleada no Interzinho de Santa Maria. Mesmo sendo freguês, na atual conjuntura, essa vitória após mais de um mês teve peso de ouro. E não foi pouca a euforia entre a óbvia imensa maioria alvi-verde no local com o meu empolgado anúncio da boa nova.

Buenas, tchê! Do desfile para um jantar também protocolar e retorno a Porto Alegre. A chegada foi já na madrugada de quinta. Em casa, naturalmente, fiz total silêncio para não acordar a patroa e o Lucas, com seus 8 anos, que cedinho da manhã teria compromisso no 3º ano do ensino fundamental em sua escola. Dormi e acordei tão bem, mas tão bem, que nem dei bola para as parcas 4 horas e meia de sono.

Pela manhã, a primeira pergunta do Lucas, que estava na casa de um colega colorado na noite anterior, foi sobre o placar do jogo do Ju. Nem imagino minha expressão facial ao responder, mas guardarei para sempre a dele. Um sorriso espontâneo, que transbordava felicidade. Dei-me conta então de há quanto tempo ele não era acordado com a notícia de uma vitória do seu time do coração. Até sairmos de casa para a aula, vimos os gols na TV e contei a ele alguns poucos detalhes que havia ouvido sobre a atuação da equipe.

Foi mesmo um início de dia feliz, e uma alegria incontida que vai durar, pelo menos, até o próximo jogo. É, se quem joga e quem comanda um clube soubesse mesmo desses pequenos detalhes familiares ... ah, seria muito bom!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Segunda vitória do ano

Veni, vidi, vici...

Eu não sei se foi porque este jogo eu acompanhei pela TV e os anteriores eu me fazia sempre presente ao estádio, mas para mim foi o jogo mais feio do ano até agora. Claro que, tendo o Juventude vencido, o Inter-SM foi o que mais colaborou para esta feiura: frangaço do goleiro, linhas de impedimento bizarramente mal feitas, zagueiro virando atacante depois que o time está perdendo. Mas o Juventude ainda colaborou com inúmeras faltas desnecessárias no meio-campo, escorregões e falta de entrosamento.

A verdade é que a escalação 3-5-2 (valeu Osmar!) parece ter surpreendido até nossos jogadores. Seguidamente apareciam buracos em nossa zaga e atacamos a maior parte do tempo com apenas 4 homens (Denner, Hiago, Roberson e Bruno), já que os demais ainda estão com um posicionamento bastante recuado.

Outra verdade é que os gols saíram de quem eu (e boa parte da torcida) menos esperava:

1º gol: Roberson. Passou a maior parte do tempo escondido atrás dos volantes colorados. Quando resolveu dar opção de jogo, acertou um belíssimo passe e achou Marcos Denner livre para marcar.

2º gol: Calisto. Provavelmente por orientação do Osmar, só apoia "na boa". E, quando resolveu ir, cruzou mal e contou com a total colaboração do goleiro adversário.

3º gol: Fred. Parece que com 3 zagueiros ele é um pouco mais seguro. Apesar de algumas falhas (vide 1º gol do Inter), fez boas coberturas, espantou a maioria das jogadas que passaram pelo seu lado e marcou este belo gol de cabeça.

4º gol: Amoroso e Fabrício. O primeiro deu um belo passe e o segundo tocou com categoria por baixo do goleiro. O gol mais inesperado do dia! Ainda mais depois de duas finalizações bizarras que Amoroso já tinha tentado. Curiosamente (não para quem vem acompanhando o blog), Fabricio foi bem quando apareceu como atacante, e não como meia.

Bruno não foi citado em nenhum dos gols. Mas nem por isso fez má partida. Jogando na ala, foi nossa principal opção de ataque durante toda a partida. Hiago, pelo contrário, teve atuação bastante apagada.

A impressão que fica é que o 3-5-2 realmente é nossa melhor opção de momento. Apenas ressalto um cuidado para que os jogadores não se posicionem em 5-3-2. Os 3 zagueiros devem dar condições para que os volantes se posicionem adiantados, assim como os alas. Com um melhor entrosamento, tanta defensiva quanto ofensivamente, esse "medo" de rebaixamento se afastará tranquilamente.

terça-feira, 2 de março de 2010

Nota de falecimento

Ontem a nação juventudista perdeu um de seus membros, Vilso Viccari, pai do nosso vice-cônsul Leonardo Viccari.

Nós, os Papos da Capital, lamentamos o ocorrido e oferecemos aos familiares nossas condolências, bem como nossos mais estimados préstimos.