terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Em busca da partida perfeita

Salve Papada.
Passadas mais de 24 horas da eliminação, é hora de pararmos de lamentar a chance perdida, focar o que ainda nos resta e aprendermos com o que foi feito errado. Desde domingo, tenho lido e ouvido algumas considerações acerca do modo de jogar do Juventude. E tenho me atentado mais ao que é pronunciado pelo nosso treinador. O Picoli tem batido na tecla que o problema não é tático, e sim de atitude. Eu acrescentaria a esta observação dois detalhes: atenção e qualidade.
Nao quero pegar nenhum jogador nosso para Cristo. Diferente das "análises" feitas no calor do jogo, refletir sobre o que se viu e se filtrar as impressões normalmente tem um índice de acerto maior. Dito isto, gostaria de usar o nosso meia-armador como exemplo. O Athos demonstra que tem qualidades, e costuma aparecer muitas vezes nos lances decisivos. Domingo não foi diferente: tabela com Jardel no primeiro gol nosso e marcando o segundo gol sendo oportunista, estando no lugar certo na hora certa. Mas é pouco pra um jogador com as suas virtudes. Não pode um camisa 10 de qualquer time (e especial de um time carente de grandes estrelas como o nosso) se esconder em campo e aparecer só 'na boa'. No jogo em Novo Hamburgo, me ative a cuidar por 5 minutos seguidos seu posicionamento e movimentação em campo, e o que vi foi nada. Um jogador completamente desligado da decisão. Aqui foi um caso em que faltou atenção e vontade.
Já no nosso sistema defensivo, a mudança tem que ser mais incisiva. Temos tomado muitos gols, principalmente fora de casa. Foram 11 em 5 jogos longe do Jaconi. É muita coisa! Já foi dito que nossa defesa foi onde mais se mexeu do ano passado pra cá, mas vai ter que continuar mexendo. Talvez entrada de um outro jogado no miolo da zaga, ou quem sabe um volante diferente na primeira função. Ou ainda laterais que marque e apoiem, que tenham virtudes ofensivas E defensivas. Ou talvez tudo isso. Que a semana de treinos sirvam para começar a mostrar o caminho daqui para frente. Ainda tem muito em jogo nesse campeonato (falo sobre isso em um próximo post), e não admito ver o Juventude sem a ambição de não ser apenas coadjuvante. Vencer ou não é do jogo, mas querer depende de nós.
Tenho dito.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Eliminação na Taça Piratini

Salve Papada.
Infelizmente, paramos mais uma vez em uma semi-final de turno. Em um jogo equilibrado (e nivelado por baixo em boa parte) na noite de domingo, venceu o time mais efetivo e que errou menos. Mérito ao Novo Hamburgo, que aproveitou a oportunidade de ter melhor campanha e mandar os jogos da fase de mata em seus domínios.

Papos da Capital marcando presença (Diego Vara - pioneiro.com)

Quanto ao jogo em sim, começou a mil por hora. Em poucos mais de 10 minutos, bola na trave da meta do Jonatas, gol do Jardel e gol do Mendes. O 1 a 1 logo no princípio, com o jogo com estava, lembrava muito aquelas peladas de domingo depois da churrascada. Principalmente o gol levado por nossa defesa. Tomar gol de um cruzamento daqueles, convenhamos... A partir daí, o time anilado passou a procurar mais o gol da virada, tanto que o fêz ainda no primeiro tempo, em uma jogada de escanteio cobrada no primeiro pau. A bola, penteada pra trás, ainda bateu em um jogador nosso antes de entrar (de onde estava no estádio não consegui identificar bem que foi). E terminou assim o primeiro tempo: 2 a 1 no placar e mais uma derrota nossa fora de casa.
Começa o segundo tempo e o Juventude volta disposto a buscar o empate. Porém, na maioria das vezes, pecávamos ou no penúltimo passe ou na finalização. Chegamos a perder dois gols incríveis! o tempo foi passando e parecia que não iríamos ter competência suficiente para chegarmos ao empate.
Pois bem: o que parecia impossível aconteceu. Em roubada de bola pela direita de ataque, a bola sobrou, meio que pererecando, nos pés de Athos (apagadíssimo no jogo). Que teve tranquilidade para avançar e chutar no gol de Eduardo Martini. Estava posto o 2 a 2, que levava justiça ao placar, pelo equilíbrio apresentado no jogo até ali, aos 40 minutos da etapa final.
Pois bem que conseguimos o mais difícil: ao buscar o empate, conseguimos tomar um gol de contra-ataque mortal. O 3 a 2 praticamente em cima da fita decretava a nossa eliminação da Taça Piratini e colocava o time da casa em uma inédita final de turno 100% do interior.

Papada já tomava seu espaço antes do jogo começar (arquivo pessoal)

Como Juventudista, fico triste de não ver meu time na final, mas ao memso tempo tenho que reconhecer que, até agora, não jogamos bola suficiente para nos colocarmos lá. Agora é aproveitar a semana de treinamento e buscar novamente essa final na Taça Farroupilha. Que já começa no próximo final de semana, diante do Canoas no Jaconi.
Tenho dito.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Um dia da caça, outro do caçador...

Salve Papada.
Conseguimos a classificação. E com uma partida cheia de alternativas, soubemos aproveitar a nossa superioridade em quase todo o jogo, fazendo um placar justo, pelo conjunto da obra. Em um jogo que começou mais fácil do que se esperava, em pouco mais de 20 minutos já estava 2 a 0 pra nós, com mais duas claras chances de gol perdidas. A jogada do primeiro gol foi muito bonita, desde o lançamento do Athos, com a ultrapassagem do Rafael Mineiro e cruzamento no fundo, domínio e gol do Jardel. Já o segundo gol veio de pênalti sobre o próprio Jardel, que o artilheiro Zulu, com 7 gols na Taça Piratini, converteu com competência. Esse domínio do Juventude, que jogava muito bem, amassando o adversário, foi absoluto durante quase todo o primeiro tempo. Esssa situação mudou tão somente quando da lesão do Zulu em uma falta no meio campo (na minha opinião, lance casual, típico acidente de trabalho), que guerreiro, tentou ainda voltar, mas teve de ser substituído por Eraldo. Naquele momento, continuávamos melhor, porém sem o mesmo ímpeto do princípio. E os 45 iniciais acabaram assim.
No segundo tempo, ocorreu justamente o contrário: mesmo com a vantagem no placar e numérica, já que o zagueiro do VEC foi muito bem expulso logo no comecinho, o Juventude se encolheu, deixando o time de Veranópolis "se criar" no jogo. O nosso time não se encontrava, e poucas vezes conseguia sair da marcação pressão adversária. E quando conseguia, entregava logo a rapadura ou desperdiçava bizonhamente os ataques. Athos e Deoclécio, que voltaram do intervalo muito mal tecnicamente, brincavam de perder a bola. Com isso, não tardou pro gol pentacolor de desconto acontecer. Depois disso, o jogo se reequilibrou, com o Juventude buscando uma reação na partida. Já o VEC mesmo com vontade, não teve outra grande chance de gol.
O tiro de misericórdia veio em outro pênalti, sofrido aos 40 minutos por Rafael Mineiro e muito bem batido pelo Jonatas Belusso. Daí pro fim foi só esperar o apito final e comemorar a merecida e justa classificação. Aproveito para comentar a atuação do árbitro Francisco Neto. Muito bem nos lances capitais, já que acertou nos dois pênaltis e na expulsão do VEC, pecou no aspecto disciplinar. O VEC bateu muito ontem, principalmente depois dos 2 primeiros gols. Era pra ter tido muito mais cartões e expulsões. A entrada do zagueiro pentacolor no segundo pênalti foi criminosa, bem como em outros lances, e o juiz não teve o peito necessário para tomar alguma atitude. Duas lesões graves foram lucro pro Ju perto da bandidagem do terra da longevidade. Também o Jonatas, nosso goleiro, pediu de tudo que foi jeito levar um amarelinho por cera e não conseguiu.
Mas enfim, agora tudo é semi-final. Vamos com tudo pra cima do Noia, que já mostrou que vem bem mas não é um bicho de 7 cabeças. Se entrarmos focados e com seriedade, são grandes as nossas chances de ir a final do turno. Por isso, vamos invadir o Estádio do Vale, e comemorar mais uma classificação a final lá, assim como foi na Copa FGF do ano passado.
Tenho dito.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Dando uma espiadinha...

Salve Papada.
Depois de dois jogos dessas quartas-de-final, já sabemos que um time entre Caxias e Grêmio estarão na tão desejada final da taça Piratini. Quem me conhece sabe que não tenho o costume de ficar "secando" ou olhando outros jogos que não sejam do Juventude pela TV. Porém, com a possibilidade de irmos a final e pegarmos um dos times envolvidos nos jogos de ontem, me dei ao trabalho de assistir a parte dos jogos. E de ambos vi a mesma coisa: os 10 minutos finais do primeiro tempo, os lances do jogo no intervalo e quase todo o segundo tempo. E desses jogos acredito que ficam algumas lições que devemos aproveitar.
Primeiro da partida do co-irmão com o Zequinha: o time da zona do cemitério pode se considerar no lucro com o 2 a zero e a classificação. E digo isso sem flauta. No primeiro tempo, até tiveram mais chances do que o time da Capital, mas as ditas jogadas de ataque se resumiam a chuveirinhos pra área. Deu certo, pois o gol deles saiu assim. Já no segundo tempo, a pressão do time do Passo D'Areia foi enorme, porém ineficiente. Apesar do amplo domínio territorial, acabaram sendo castigados em uma jogada de "video-game": um atacante corre pelo flanco e cruza pro outro no meio da área fazer o gol sem marcação. Um 2 a 0 que mascarou a atuação do vencedor. Mas justo pelo pouco ou quase nada que o São José fez de certo.
Já no segundo jogo da noite, a impressão que tive foi que ganhou o time que quis mais os 3 pontos. Ambas as equipes apresentavam ataques muito superiores as defesas adversárias, o que fez o jogo ter uma velocidade não vista em outras partidas, em especial ao time da Azenha. Porém, esse equilíbrio não era esperado antes da bola rolar. A turma do Beira-Rio era tida por grande parte das pessoas como favorita, mas não confirmou em campo. No final, mesmo com uma pressãozinha, não fez o suficiente para impedir a vitória visitante por 2 a 1.
E as lições? Vamos a elas. Primeiro, não adianta ter feito melhor campanha até agora. Essa fase de mata é um campeonato a parte, e ter mais pontos ou estar melhor colocado na classificação geral até agora não vai fazer o outro time querer menos a classificação. Segundo, é perigoso depender apenas da sorte ou de lampejos e jogadas de bola alçada na área. Precisamos ter alternativas ao longo da partida, lembrando que a sorte acompanha os competentes. Por fim, é necessário buscar um equilíbrio entre defesa, meio e ataque. Um jogo baseado somente em ligação direta e contra ataque pode ser pouco pra buscar os 3 pontos.
Agora é fazer nossa parte dentro do Jaconi. Independente de quem vier no confronto no Vale dos Sinos (e entraremos em campo já sabendo disso), precisamos ter a tranquilidade de saber se impor, de preferência jogando bem, mas principalmente com a vitória. Até porque aquela derrora de 5 a 2 ainda tá entalada na garganta. A quem puder, fica a dica: compareça, vá a campo, apoie o time. Somos mais quando estamos junto.
Tenho dito.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Ressaca de Carnaval

Salve Papada.
Depois de quase 3 semanas de férias no blog, vamos retomando, coincidentemente, do ponto em que paramos.
Após o último post, que repercutia a derrota acachapante diante do VEC, conseguimos perder o clássico no cemitério. Logo após, vitória contra o Avenida, mesmo sem jogar bem, seguda de um empate em Novo Hamburgo contra os donos da casa - em uma partida em que até fomos superiores em boa parte - e nova vitória, diante do "badalado" Cruzeiro. Com isso, garantimos a segunda melhor campanha do grupo e o direito de jogar em casa a partida das quartas de final da Taça Piratini no Alfredo Jaconi, diante de quem? Do VEC, o mesmo time que nos goleou com autoridade na fase classificatória.
E esse jogo é emblemático para as nossas pretensões no Campeonato Gaúcho desse ano (e não só para a sequência nesse turno). Pra mim, passar ou não por esse jogo com vitória é o que vai decidir se realmente queremos ser protagonistas ou coadjuvantes no torneio. Sinceramente, acho que o nosso caminho é menos tortuoso que o de Caxias, Inter, Grêmio ou São José até uma pretensa final. E isso não quer dizer que é mais fácil. Afinal, tanto Veranópolis quanto Novo Hamburgo e Lajeadense mostraram qualidades que os colocaram na fase de mata e, por isso, devem ser respeitados. Agora, por toda nossa tradição e por sermos o atual campeão do Interior, não podemos deixar de assumir o favoritismo. Que, ao contrário do jogo do último post, deve ser confirmado em campo, a partir de amanhã.
Não vou terminar sem deixar de dar meu palpite pro jogo de amanhã as 21 horas: 2 a 1 Ju.
Tenho dito.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Que que é isso?

Salve papada.
Voltar a escrever para o blog depois de uma noite como a de ontem é, no mínimo, entristecedor. O que foi aquilo? Vimos um Juventude apático, desconcentrado e perdido em campo os 90 minutos. Além disso, enfrentamos um adversário mordido, com sangue nos olhos. E que demontrou competência, qualidades e gana acima da média.
O VEC jogou como um leão nessa partida, em um campeonato onde até então se comportou como um gatinho.
E nós? Bom, começo dizendo que, pelo jogo que vi na TV, ainda temos que agraceder por não termos saído de Veranópolis com mais gols na cola. No primeiro tempo, o time da casa perdeu algumas boas chances de gol ainda antes de marcar. A zaga, muitas vezes 'de mano', correu atrás dos atacantes, o meio não se encontrava e o ataque pouco viu a cor da bola. Errando muitos, mas muitos passes, praticamente nada fizemos. Além disso, de todos os jogadores, o que mais comprometeu foi o lateral Everton. Nada produziu, errou 90% das jogadas, não defendeu. Tanto que o lateral direito do time deles a festa. O Raulen (conhecido nosso de longa data) deitou e rolou por ali. Foi dele o cruzamento para o primeiro gol pentacolor.
E veio o segundo tempo. O que parecia ruim ficou muito pior. Começamos atacando, com dois lances. Porém, com o meio-campo desconcentrado, principalmente o Deoclécio - que voltou muito mal do intervalo, talvez consequencia do choque na cabeça ao final da primeira etapa - não tardou a levarmos o segundo gol. E o terceiro. E o quarto. Quando acordamos, a goleada já estava desenhada. Nem os gols de Nico (que entrou no lugar de Everton tarde demais) e Zulu aliviaram o fiasco. O quinto, ao final do jogo, foi o tiro de misericórdia.
Agora o que nos resta é esperar que isso não tenha passado de uma má jornada. Ao Pícoli, resta dar uma bela mijada na galera, e consertar as coisas a tempo do clássico de domingo. Será um bom jogo para apagar essa péssima impressão deixada. Até porque se o Juventude quer ir longe na competição, precisa manter o nivel das partidas como visitante o mais próximo possível das apresentadas no Jaconi.
E tenho dito.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Para confirmar a liderança!

Após mais de uma semana sem postagens no blog, voltamos à ativa. Nesse meio tempo, assumimos a liderança isolada do Grupo 1 do Gauchão e temos o artilheiro da competição, Zulu, com 4 gols. Empatamos na estreia contra o Cerâmica em 2x2 (Bruno Salvador e Zulu), com uma atuação não muito empolgante do time no calorão de Gravataí. E que calor!
Depois disso, o nosso verdão entrou em campo duas vezes, ambas no Jaconi, contra o Pelotas e o G. F. Porto Alegrense.
Na primeira partida, nossa estreia em casa no Gauchão, uma vitória que se deu ao natural. Aplicamos 3x0 no frágil time da Zona Sul do Estado, com uma bela atuação do nosso camisa 10, Athos (o Renan "Balboa", aquele mesmo, o mal-agradecido, está até agora procurando ele depois daquela caneta no meio-campo). Caberia mais uns 2 ou 3 gols, mas o placar ficou assim, com os gols sendo anotados por Zulu (2) e Jonatas Belusso. A equipe como um todo atuou bem e a papada saiu na dúvida se o adversário de então era muito inferior ao Juventude ou se o time estava começando ali uma boa fase, diminuindo as dúvidas sobre o desempenho na estreia. No jogo seguinte teríamos a prova.
Depois de pouco tempo para a recuperação dos atletas, jogamos contra o Grêmio. O adversário de agora era bem mais badalado e qualificado do que o anterior, mas a história não foi muito diferente. O Juventude entrou em campo apoiado pela torcida e venceu o jogo sem maiores dificuldades, mas com muita emoção. O placar de 2x1 (Zulu e Athos) também poderia ser mais dilatado não fosse o goleiro do time da Capital. Na ocasião, estreamos o trapo novo, que já levou sorte ao verdão.
 
Vamo que eles tão cagado!
 
Agora temos pela frente o VEC, em VEC City, amanhã, às 22h. A papada está confiante na vitória e certamente estará em peso para apoiar o Juventude em Veranópolis. Teremos o desfalque do capitão Bruno Salvador, expulso contra o Grêmio, mas certamente quem entrar na zaga (provavelmente Ricardo Filho), dará conta do recado. No mais, é aguardar Zulu Goleador balançar a rede do VEC.
E no domingo, teremos o primeiro ca-JU do ano, na casa do rival atualmente conhecido por Caxias (ex- Rio Branco, Ruy Barbosa e G.E. Flamengo).
Vamo que eles tão cagado!
 
Texto de Ricardo Pelisoli