domingo, 21 de março de 2010

Um pouco mais do mesmo...

Texto de Fabio Ramos Berti

A papada é assim, se mobiliza o quanto pode até quando, lá no seu íntimo, sabe que não vai dar. Na atual circunstância, enfrentar o arremedo de “galáticos” do Novo Hamburgo – com direito a Gustavo “Papa”, Michel “Canelite”, Juninho “Refugo do CCC”, Edimar “Não Jogou Nada no Ju” e Cláudio Luiz “Rebaixado em Tudo que é Time” – seria missão quase impossível. E foi essa a bronca de sábado à noite, lá em Nóia. Ao final, placar clássico (3x1), irritação e, e .... resignação.

- Até que não foi tão ruim quanto lá em Bento. – disse um desses torcedores resignados, que caminhava ao meu lado na saída do simpático Estádio do Vale.

Bem, amigos do PDC, é melhor rir para não chorar. Vamos aos breves relatos, que é pra não sofrermos ainda mais remoendo a triste história. Desde o primeiro minuto de jogo, nossa sorte estava definida. O Nóia impondo-se física e tecnicamente, conduzia a bola com facilidade até a entrada da nossa área, onde até o Gustavo conseguia dominar, girar e arriscar a gol. Não foram necessárias mais do que duas, três chances, para o Papa entrar solito e tocar na saída do pobre Carlão. É, gente amada da Caiçara, o Sílvio Luiz pagou a mula roubada mesmo. E o idiota aqui gritando: “encosta no corpo dele(!)”. Acho que ninguém ouviu.

Já satisfeito com o 1x0, o Nóia se postou um pouquinho mais atrás, dando óbvios espaços para o Ju tocar a bola. E o que fizemos? Sim, tocamos a bola, mas só até o bico da área, principalmente pelo lado direito e, adivinhem ... cruzávamos para a área. O mais baixinho dos zagueiros acho que tinha 1,98m. E o negócio ficou assim até o final do primeiro tempo, com o Nóia assustando raras vezes, mas sempre da mesma maneira. Quando resolvemos tocar a bola pelos lados do campo, o apagadíssimo Amoroso carregou pela esquerda, entrou na área e foi atropelado pelo zagueiro (esse é um relato superlativo, pois apenas “acho” que foi pênalti). Ao melhor estilo Mendes, Marcos Denner cobrou com paradinha e empatou o jogo, quase quebrando a espinha do goleiro. Hora da aguinha no vestiário.

Apesar das mesmas fragilidades, o nosso segundo tempo iniciou bem. Apertando a marcação, passamos muito mais tempo com a bola no pé. Sem eficiência, é claro. Quando o Nóia tentava sair com a bola, não conseguia dar três passes, pois sempre os interceptávamos. As entradas do Lauro e do Hiago deram mais qualidade no passe, mas nem assim a bola chegava redonda para a finalização.

Então, lá pela metade do 2º tempo, o Nóia decidiu fazer linha de passe de cabeça na nossa área. Edílson botou o adversário novamente em vantagem. Aí começou um espetáculo de horrores. Entre contra-ataques velozes, faltas na entrada da nossa área e entregadas de bola dos nossos zagueiros, atraímos os caras para o nosso campo. Assim saiu mais um gol do Papa (3x1). Deu ainda para perder duas grandes chances. Num cabeceio do Denner que passou raspando e numa falta muito bem cobrada pelo Tiago Renz que o goleiro tirou no ângulo.

De rescaldo, só que estamos muito mal mesmo. O time é ruim, mas vejo pouco no trabalho desse Osmar Loss. Acredito que tirar o cara pode nem ser a melhor solução, pois fica difícil argumentar tendo um Fred da vida como zagueiro. Mas o posicionamento do Calisto sempre está errado. Os volantes jogam muito atrás, ninguém do Ju pisa do círculo central. Os meias e atacantes jogam colados um no outro. Num jogo como o de ontem a opção jamais pode ser alçar bola na área adversária.

A destacar que o guri Bressan é melhor que qualquer outro zagueiro do grupo. E é piada o Lauro não começar os jogos. Até acho que o tempo dele já passou e sei que o cara não aguenta correr o jogo inteiro, mas a opção de colocar o melhor volante/meia do time no segundo tempo sempre quando estamos perdendo, é cruel e desatinada. É coisa de burro de mesmo.

O longo texto, ao contrário do que prometi lá no início e do que pede um blog, é puro desabafo. Tô com o saco cheio. Mas tudo que escrevi não interessa muito, já que nosso vice de futebol, Juarez Ártico disse ontem que vamos jogar todas as cartas para vencer o Porto Alegre em casa, nos garantir na A do Gauchão e começar o projeto Série B 2011. Rezo para minha agonia durar mesmo só mais um joguinho.

4 comentários:

Anônimo disse...

Assino em baixo o que o Fabio escreveu..Tomara que o LOSS leia isso. PS: churrasquinho perfeito antes do jogo com os papos da capital PS: UM CENTROAVANTE pelo amor de Deus. Chega do nanico evangélico Marcos Denner!!!

Rudi disse...

OREMOS!
Terminai, ó sofrimento, com mais 3 pontos.
Que sejam feitas as devidas dispensas, assim no time como na Comissão Técnica.
E livrai-nos do Fred,
Amém

Viccari disse...

Infelizmente não pude ir a Novo Hamburgo e vi o jogo pela TV. Minhas conclusões: bola alta na nossa área foi terror e pânico do primeiro ao último minuto. Fred, em especial, perdeu TODAS. Acho que deu pra ele. Bressan tem técnica, subiu bastante para o ataque, e inverteu muito bem algumas bolas. Só me pareceu ser meio baixinho. Espero que seja impressão. Meio e ataque, só para variar um pouco, não existiram, e o time só jogou bem quando o Tiago Renz e o Gustavo pararam de fazer firula e jogaram com toques rápidos (30-45min do primeiro tempo). De resto, não jogamos nada e merecemos mesmo perder. Só queria saber por que esses caras nunca fizeram nada no Juventude: Gilmar Iser, Edimar, Gustavo Papa, ...

Caminhada do Juve disse...

Como disseste quem tem um Fred na zaga não se pode fazer muita coisa, mas também não sei o que esse Osmar faz durante a semana.
Precisamos de reforços.
Precisamos do Juventude de anos passados.
Queremos de volta a nossa indentidade que nos foi roubada, e estão usando ela bem perto de nós, se é que vocês me entendem.






GOD SAVE THE JUVENTUDE!!!