Em uma dessas noites de insônia – é difícil dormir bem com nosso time tão mal – me deparei assistindo a um programa na TV sobre a Guerra das Malvinas. Pra quem não sabe, as Malvinas são um arquipélago situado próximo a costa argentina, de domínio britânico que em 1982 foi motivo de discórdia entre os irmãos platinos e a Grã-Bretanha.
Essa história me fez pensar em muitas coisas com relação ao Ju. Primeiro, a nossa situação como clube de futebol no Estado, onde duas agremiações dividem os corações de boa parte dos gaúchos, e a atenção total da imprensa, fazendo com que os não-simpatizantes a eles pareçam uns ET’s em seu próprio chão. Depois, a nossa posição na tabela da Série B, frustrando a expectativa até dos papos mais pessimistas, agregada ao futebol apresentado pelo time.
E o que isso tudo tem a ver com Guerra? Tudo, ora! Temos que encarar isso tudo como uma guerra. Não com violência e buscando destruição alheia, mas com a seriedade e o prazer de cumprir um dever para com a pátria esmeraldina. Infelizmente, em alguns tópicos de listas de discussão e blog's na internet, já li alguns comentários do tipo “assim não dá”, “larguei de mão”, “vou deixar de ser papo” e por aí vai. Mas isso, como em toda guerra, é normal. Nem todos os soldados chegam vivos ao final das batalhas, apenas os mais fortes sobrevivem, muitos ainda com sequelas pra vida toda.
Chegou a hora da verdade, de saber quem são os papos de fé. O Ju, em uma decisão administrativa no mínimo discutível (se não pela culpa, pelo rigor) perdeu dois mandos de campo, tendo que jogar fora do Jaconi. O que fazer? Apoiar, torcer, lutar, fazer esses próximos 6 pontos virem na marra se for preciso. Fazer a sua parte. Nem todo mundo pode ser General, ou estar no front, no nosso caso, dentro das quatro linhas, mas todo soldado alviverde tem a sua missão: trazer o Ju de volta a Série A, que é nosso lugar. Não assim, "no mas", e sim batalha a batalha.
Teremos grandes adversários e adversidades no caminho? Claro. Mas lembrem-se: a maior potência mundial saiu derotada em uma Guerra contra um tal de Vietnã. Fomos injustiçados, ou fomos pegos como Cristo? Mas uma vez a história nos traz o exemplo: o Japão, após ataques kamikazes, sofreu com duas bombas atômicas, se rendeu, mas hoje é uma das maiores economias do mundo.
Por isso, papo de fé, faça sua parte. Seja aqui na Região Metropolitana amanhã à noite, junto com os Papos da Capital, seja em Caxias, lembre-se: somos todos de um mesmo exército, e com um mesmo objetivo. Eu não sei se no final, conseguiremos atingir a tão sonhada vaga entre os 4 que sobem. Mas eu quero estufar o peito e, assim, como os pilotos argentinos de 82, dizer: “Com a nossa vontade e desejo, mesmo com recursos escassos, enfrentamos a maior Armada do mundo de igual pra igual”.
AVANTI PAPO!
Texto de Rudimar Schreiber Jr.
6 comentários:
Nossa!! Conseguiu resumir o que eu sinto e o que eu gostaria de ver no meu Juve!! Baita texto. Agora, façamos acontecer!!!!
Rudi, me arrepiei lendo esse texto! Muito bom! E essa frase final resume o que todo juventudista quer estar sentindo no final desse ano.
FORZA JUVE, RUMO À SÉRIE A!
baita texto, parabéns Rudi! Acho que já tenho minhas sequelas, hehe
Vamooooooooooooo!!!!!!!
Grande Rudi! Texto excelente. Meus parabéns por ter resumido de forma tão brilhante o que é ser juventudista.
A RESISTÊNCIA
PERFEITO! BAITA TEXTO MESMO!!
AVANTI PAPADA!!! FORZA JUVE!!! (MATEUS BRANDALISE)
Postar um comentário