quinta-feira, 9 de julho de 2009

Análise da situação

O Juventude está preocupado com o passado e com o futuro, mas está esquecendo o presente. O passado se diz aos festejos da Copa do Brasil. O futuro se diz ao CFAC. Entretanto, não adianta virar um clube exportador de jogadores caso estejamos mal no principal campeonato nacional. Apesar do episódio dos cuspes ter sido um fato muito negativo tanto para o Esporte Clube Juventude como para a torcida, foi um grande exemplo de como a direção quer cada vez mais afastar de maneira rápida os torcedores dos jogadores, ou do campo. Em menos de uma semana, já estava colocado um acrílico com arame farpado. Cito esse fato não pelo arame, que já foi bastante discutido, ou pelo acrílico, que já estava na hora de colocar, mas sim pela velocidade. Enquanto em uma semana foi posta uma barreira de acrílico no campo, fazem mais de sete meses que não achamos um goleiro capaz de corresponder em grande nível. Como se não bastasse a difícil missão de chegar no lugar do Michel Alves, um ídolo da torcida, teria que ser barato para encaixar-se no dinheiro do clube. Só que o que ocorreu foi que o Gatti saiu muito mais caro do que um aumento salarial para o Michel Alves. Não querendo atacar uma figura especifica, mas ele é um grande exemplo dessa reformulação desastrada que fora feita no Alfredo Jaconi. A direção quer montar um time jovem, visando a base, logo entramos no mérito do início do post "pensar muito no futuro e esquecer do present". Nenhum dos jogadores deu alguma resposta positiva. Hoje, os jovens que dão gás às partidas são o Maycon (de maneira desorganizada) e o Ivo (na criação). Mas não é culpa dos jogadores, pois se não existe um grupo qualificado, não existem objetivos individuais, não existe vontade de um jogador crescer. Um fraco nível de futebol, cria um nível mais fraco ainda e esse ciclo vem acontecendo fazem alguns anos no Juventude. Começando com o rebaixamento. Podemos dizer que o Juventude foi do céu ao inferno em 10 anos. Além da ideologia de pensar no futuro, a direção se demonstra cada vez mais distante da torcida. As desculpas sempre são as mesmas. A reação tem que começar o quanto antes. Um cálculo exposto na comunidade do Juventude na internet demonstra que para fugirmos da série C, devemos fazer no mínimo 45% de aproveitamento. Isso é impossível para um time que não ganha um ponto sequer fora de casa. Talvez seja hora de abrir mão dos valores tangíveis e começar a pensar nos valores intangíveis, pois destes podemos tirar aqueles. A torcida, quando solicitada, representa e faz bonito. Talvez falte essa reciprocidade por parte da diretoria.

Texto de Felipe Bavaresco

3 comentários:

nandobassa disse...

Disse tudo e "mais dois livro"!!!
Terça todos em Caxias!

Rudi disse...

Ótimo texto. Tá na hora de pensar no presente.

Felipe Bavaresco disse...

valeu gurizada!