Será
que esses dois pontos perdidos ontem farão falta? Só ao final desta
primeira fase para saber. Mas o certo é que, jogando em casa, contra
um dos times mais fracos do grupo, não conseguimos reverter o volume
de jogo e as oportunidades em gols.
Mesmo
dominando o adversário durante quase toda a partida e, desta vez,
tendo reais chances de gols, a bola não entrou.
O
4-5-1 que o Picoli montou para o clássico funcionou ofensivamente
muito melhor pelo lado direito. O meio de campo com Vacaria, Alan,
Lucas, Wallacer e Bier levava vantagem sobre o meio grená em quase
todas as jogadas, com exceção as escapas as costas de Wallacer pelo
lado esquerdo do ataque adversário. Quando Helder tinha que se
juntar aos zagueiros, o meia alviverde não conseguia fechar o lado
direito da zaga. Foi essa inversão na marcação, já que Lucas
deveria fechar aquele lado, que levaram os maiores perigos ao gol
defendido pelo Airton. Lucas fechava o meio, junto com o Brenner, já
que o veterano Baier pouco ajudava na marcação. Itaqui, que pouco
apoiou o ataque, era auxiliado por Alan no lado esquerdo, enquanto
Vacaria se desdobrou em carrinhos e trombadas a frente da zaga.
Já
na parte ofensiva, o trio Helder, Lucas e Wallacer, pelo lado
direito, conseguiram chegar com facilidade a frente. As oportunidades
foram aparecendo e sendo sistematicamente desperdiçadas.
O
segundo tempo veio, na primeira metade nada mudou. Até que Lucas
teve que ser substituído. Adriano entrou na lateral esquerda,
passando Itaqui para o meio. Com o camisa 11 no meio, a postura ficou
um pouco mais recuada, dando espaços ao adversário, o que
equilibrou um pouco a partida. Mas foi a partir da segunda alteração
de Picoli que perdemos o meio de campo em definitivo. Na tentativa de
chegar a vitória, o treinador alviverde colocou Bodini no lugar de
Baier. Com dois atacantes e apenas um meia, continuamos martelando
pelos lados, mas agora pelo meio de campo não levávamos vantagem. O
Caxias cresceu em campo, e passamos a ter um jogo bastante aberto. A
essa altura, já com Jô no lugar de Itaqui, o Juventude se lançava
na base da ligação direta, numa tentativa que se mostrou
improdutiva. Não conseguimos tirar o zero do placar.
Desta
vez a vitória escapou mais pelas falhas técnicas individuais do que
pela tática adotada. Ainda falta arrumar o meio de campo,
principalmente a marcação. E na frente, estamos carentes de um
finalizador. O problema que este último ponto não temos no grupo.
Ou seria o Zulu?